Qualquer episódio depressivo que ocorra nos meses que se seguem ao nascimento do bebê, havendo estudos que consideram dois meses, três meses, seis meses, e até um ano. Geralmente, o quadro inicia-se entre duas semanas até três meses após o parto ocorre:
–humor deprimido,
–perda de prazer e interesse nas atividades,
–alteração de peso e/ou apetite,
–alteração de sono,
–agitação ou retardo psicomotor,
–sensação de fadiga,
–Sentimento de inutilidade ou culpa,
–dificuldade para concentrar-se ou tomar decisões
– pensamentos de morte ou suicídio.
No quadro clínico da depressão nessa época da vida são observadas algumas peculiaridades, dentre elas:
–A alta probabilidade de comorbidade com sintomas ansiosos e obsessivo-compulsivos;
–A menor incidência de suicídio;
–A resposta terapêutica mais demorada requerendo mais de uma medicação;
–As mulheres com DPP têm mais chance de apresentar episódios depressivos posteriormente e principalmente novos episódios de DPP. A prevalência da DPP varia entre 10% e 20%;
Essa taxa pode variar dependendo da cultura, do período e do método utilizado no diagnóstico. Dez estudos estimaram a prevalência da DPP no Brasil:
Foram encontradas taxas de 7,2% a 43%. Essa grande variação, provavelmente, deve-se a fatores culturais e aos instrumentos utilizados para o diagnóstico.
Fatores de risco para depressão pós parto
•História pessoal de depressão;
•Episódio depressivo ou ansioso na gestação;
•Eventos de vida estressantes;
•Pouco suporte social e financeiro;
•Relacionamento conjugal conflituoso;
Outros prováveis fatores de risco são:
•História familiar de transtornos psiquiátricos;
•Episódio de maternity blues,
•Características de personalidade,
•Padrões de cognição negativos
Na presença de um quadro sugestivo de depressão pós parto o seu psiquiatra deve ser consultado!
Blues puerperal
“Blues Puerperal” é também conhecido como aquela tristeza da mãe logo após o nascimento do bebê.
Algumas informações úteis sobre o Blues Puerperal:
- É considerada a forma mais leve dos quadros Puerperais;
- Pode ser identificada em 50% a 85% das puérperas, dependendo dos critérios diagnósticos utilizados;
- Os sintomas geralmente se iniciam nos primeiros dias após o nascimento do bebê;
- Atingem um pico no quarto ou quinto dia do pós-parto;
- Remitem de forma espontânea em no máximo duas semanas
Principais sintomas do blues puerperal
- Choro fácil;
- labilidade afetiva;
- Irritabilidade;
- Comportamento hostil para com familiares e acompanhantes;
- Algumas mulheres podem apresentar sentimentos de estranheza e despersonalização e outras podem apresentar relação.
Abordagem:
- Mulheres com disforia pós-parto não necessitam de intervenção farmacológica;
- Manter suporte emocional adequado, compreensão e auxílio nos cuidados com o bebê;
- Orientação ao pai.
Caso essa situação persista é muito importante procurar ajuda médica!
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